sexta-feira, 5 de abril de 2013

leitura diária

 Preconceito 

Em Ruanda, convivem dois grupos étnicos: a maioria hutu e o grupo minoritário, tutsi. Desde a independência do país da Bélgica, os seus líderes foram sempre tutsis, num contexto de rivalidade étnica que se acentuou com o tempo.

Em abril de 1994, após o assassinato do presidente Juvénal Habyarimana, um hutu, em atentado ao avião em que viajava, o avanço da Frente Patriótica Ruandesa produziu uma série de massacres no país contra os tutsis, o que causou um deslocamento maciço da população para os campos de refugiados situados nas áreas de fronteira, em especial com o Zaire (hoje República Democrática do Congo).

Em agosto de 1995, tropas do Zaire tentaram forçar o retorno desses refugiados para Ruanda. Quatorze mil pessoas foram então devolvidas a Ruanda, enquanto outras 150.000 refugiaram-se nas montanhas.
Em Ruanda, uma das nações mais pobres da terra — foram gastos 4,6 milhões de dólares somente em facões, enxadas, machados, lâminas e martelos. Estima-se que tal despesa permitiu a distribuição de um novo facão a cada três varões hutus. Mais de 500.000 pessoas foram massacradas. Quase todas as mulheres foram estupradas. Muitos dos 5.000 meninos nascidos dessas violações foram assassinados.
Em meio ao terror, Paul Rusesabagina, um cidadão de Ruanda, foi internacionalmente reconhecido pela sua atuação humanitária durante o Genocídio.

Paul era da etnia hutu enquanto sua mulher era da etnia tutsi. Durante os combates ele abrigou sua família num hotel em Kigali, de propriedade de um grupo belga, onde era gerente. Com a saída dos hóspedes do hotel, Paul o abriu aos refugiados, salvando assim 1268 pessoas. Mesmo sendo hutu, acolheu e salvou os condenados tutsis.
Sua história ficou internacionalmente conhecida quando foi retratada no filme Hotel Ruanda de 2004, numa atuação de Don Cheadle nomeado ao Óscar.
Em 2005 recebeu do presidente americano George W. Bush a "Presidential Medal of Freedom" dos EUA. Paul é membro da igreja Adventista do Sétimo Dia.

Pense: “Judeus e samaritanos eram acérrimos inimigos. Negociar com os samaritanos, em caso de necessidade, era reputado lícito; qualquer contato social com eles era condenado. Um judeu não tomava emprestado nem recebia obséquios de um samaritano, nem mesmo um pedaço de pão ou um copo de água. (O Desejado de Todas as Nações, pág. 183)

“Jesus começara a derribar a parede de separação entre os judeus e os gentios, e a pregar salvação a todo o mundo. Conquanto judeu, misturava-Se sem restrições com os samaritanos. Apesar de seus preconceitos, aceitou a hospitalidade desse povo desprezado. Dormiu sob seu teto, comeu com eles à mesa, ensinou em suas ruas, e tratou-os com a máxima bondade e cortesia.” (Idem, 193)
Decisão: O preconceito pode levar a chacinas inimagináveis como a que aconteceu em Ruanda. Mas, o que dizer do bullying nas escolas, e na Internet com comentários maldosos quanto a aparência ou classe social, os apelidos que degradam, a solidão impetrada contra os “nerds”, etc.? Será que não é hora de agirmos como Jesus? Um homem que O imitou salvou 1268 pessoas em Ruanda, de uma etnia rival. E você, está interessado em ajudar e salvar outros excluídos?

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