terça-feira, 27 de agosto de 2013

Será que as “pirâmides” da vinha do Pico já lá estavam quando os portugueses chegaram?

Depois da alegada descoberta de túmulos escavados na rocha por fenícios e cartagineses na Ilha Terceira, a mesma equipa de arqueólogos vem agora defender que os maroiços das vinhas da Madalena do Pico podem ter sido construídos muito antes do século XV. A polémica não tardou.
As descobertas só vão ser apresentadas oficialmente esta terça-feira à noite nos Paços do Concelho da Madalena do Pico, quando for lançado, sob a forma de um pequeno livro, o Estudo Histórico Arqueológico sobre as construções piramidais existentes no concelho, mas as notícias que entretanto saíram na imprensa nacional e regional bastaram para instalar a polémica.
Nuno Ribeiro, da Associação Portuguesa de Investigação Arqueológica (APIA), e a sua equipa vão mostrar a partir das 21h por que razão acreditam que muitos dos grandes amontoados de rocha vulcânica que tornam absolutamente singular a paisagem da vinha na Ilha do Pico terão sido construídos muito antes de os portugueses chegarem ao arquipélago, em 1427. Desde Janeiro que estes arqueólogos visitam o local marcado por estes montes de rocha que ali se conhecem por maroiços, fazendo levantamentos e prospecção. É precisamente com base nos materiais que recolheram à superfície, conjugados com a monumentalidade e configuração de algumas das estruturas identificadas, que defendem que estas “pirâmides” – é assim que por vezes lhes chamam - podem ser obra de culturas aborígenes, semelhantes às do norte de África ou das Canárias.
Nos blogues e fóruns de arqueologia online estas conclusões já foram classificadas como precipitadas ou simplesmente fantasiosas. Quem as contesta diz que lhes falta sustentação científica e que os autores do novo estudo estão a ignorar fontes históricas determinantes e uma sólida investigação arquitectónica e etnográfica que fez parte da candidatura da cultura da vinha da Ilha do Pico à UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), que a considerou património mundial em 2004.
Nuno Ribeiro conhece o inventário realizado e o levantamento cartográfico daquela paisagem, mas defende que falta interpretar as “estruturas piramidais” do ponto de vista arqueológico. Para este membro da APIA, a explicação tradicional para a formação destes maroiços – a rocha que resultou da erupção do vulcão seria retirada do chão e amontoada de forma a obter uma área maior de cultivo – não pode explicá-los por completo. “Por que razão para amontoar pedras precisamos de estruturas piramidais que chegam a ter mais de dez metros? Não faz sentido”, diz ao PÚBLICO. Além disso, algumas têm “corredores estreitos, câmaras e portas”, que “indiciam” possíveis usos funerários.
“Encontramos estruturas proto-históricas [período que se segue à pré-história mas que é anterior ao da história documentada] semelhantes no norte de África e noutras culturas aborígenes como a guanche, nas Ilhas Canárias. Mas ainda é muito cedo para dizermos exactamente o que são e quando foram construídas, precisamos de estudar mais os materiais e de fazer datações precisas”, admite o arqueólogo.
Os materiais a que se refere são vestígios do que pode ter sido o piso de uma cabana, raspadeiras, pontas de metal e pesos de rede, “todos incompatíveis com uma construção posterior à chegada dos portugueses”, argumenta.
Ana Margarida Arruda, arqueóloga e professora da Faculdade de Letras de Lisboa, e Élvio Sousa, um especialista em arqueologia da Expansão que tem trabalhado muito na Madeira e nos Açores, estão entre os que duvidam das interpretações da equipa da APIA, embora ressalvem que não conhecem ainda o estudo que vai ser apresentado hoje.
“Não conheço os tais maroiços do Pico ao vivo, mas todas as teorias que agora li nos jornais me parecem ignorar fontes históricas importantíssimas que nos dizem, que à chegada dos portugueses, as ilhas estavam desabitadas. Ora, se aquelas estruturas são uma construção humana… Tudo aquilo é uma fantasia”, diz Arruda, que em Abril visitou a Ilha Terceira a pedido da UNESCO e da Direcção-Regional de Cultura dos Açores para fazer uma espécie de peritagem às alegadas descobertas da APIA no Monte Brasil – túmulos escavados na rocha (hipogeus) e templos que atribuíam a fenícios e cartagineses – e no Espigão (monumentos megalíticos).
“Aqui, como na Terceira, parece-me que há uma interpretação desviada da realidade. Os materiais que foram recolhidos, por exemplo, como os anzóis ou os pesos, são incompatíveis com usos cerimoniais, ritualistas. E populações aborígenes que vão para o Pico construir pirâmides? Mas quando? E como?”, pergunta esta arqueóloga, para quem os maroiços são estruturas notáveis, “soluções arquitectónicas de grande inventividade”, já muito estudadas e documentadas.  
Tal como Arruda, Élvio Sousa, que é também investigador do Centro de História de Além-Mar (CHAM) da Universidade Nova, sublinha que a arqueologia é uma ciência, que se baseia em dados concretos estudados e que “precisa de tempo”.
“Não conheço o estudo feito por estes arqueólogos, mas estas estruturas, que se encontram também na Terceira e em São Miguel, podem ter funções várias”, explica. “Nestas duas ilhas estão associadas a grandes quintas, a propriedades senhoriais, e podiam ser usadas como mirantes”, acrescenta o arqueólogo ligado ao CHAM que trabalha para a autarquia madeirense do Machico, duvidando que sejam anterior à chegada dos navegadores portugueses. “Não há dados científicos nenhuns, concretos, que apontem para um povoamento dos Açores prévio aos portugueses. Sabemos que os arquipélagos [Madeira e Açores] eram conhecidos, mas ninguém aqui vivia. Nas Canárias, por exemplo, que também são de origem vulcânica, estes maroiços têm utilizações agrícolas.”
Nuno Ribeiro já esperava a contestação quando resolveu dar conta das primeiras conclusões, mas garante que quer aprofundar os trabalhos nas vinhas do concelho da Madalena, onde estão identificados mais de 100 maroiços. “Algumas destas estruturas serão obviamente mais recentes, sabemos disso – há muros, arrumos para o gado… Mas dizer que são todas posteriores ao século XV é outra coisa. E será coincidência que cerca de 70 destas pirâmides tenham uma orientação no terreno relacionada com os solstícios de Inverno e de Verão?”
A APIA quer continuar a investigar estas “pirâmides” da vinha do Pico e espera que novos dados tragam confirmações. Mas só depois de Outubro Nuno Ribeiro saberá que rumo tomarão os trabalhos.

EUA “prontos” a lançar ataque na Síria, diz Chuck Hagel

Intervenção poderá ser levada a cabo “dentro de poucos dias”, diz secretário da Defesa norte-americano.
As forças americanas estão “prontas” a lançar ataques na Síria se o Presidente Barack Obama ordenar, disse o secretário da Defesa dos EUA, Chuck Hagel.
As declarações foram proferidas numa altura em que se especula que um ataque internacional poderá estar por “dias” e depois de o secretário de Estado, John Kerry, ter garantido que o ataque com armas químicas da semana passada não ficará impune.
A oposição síria recebeu informação dos aliados ocidentais em termos claros para esperar um ataque nos próximos dias, diz o diário britânico The Telegraph. A Reuters diz que a mesma conclusão pode ser tirada de um encontro de enviados dos EUA e outros países: a intervenção deverá ser realizada dentro de poucos dias.
O Presidente François Hollande anunciou que o Conselho de Defesa se reunirá nesta quarta-feira para discutir a resposta ao "massacre". "É necessário punir os que decidiram gasear os cidadãos inocentes", afirmou.
Hollande já tinha dito que a França não se excusaria às suas responsabilidades. Num discurso feito na tarde desta terça-feira perante os embaixadores franceses, o Presidente revelou também que Paris aumentará a ajuda militar à oposição síria.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou que os deputados britânicos vão ser chamados ao Parlamento para uma votação sobre a resposta do Reino Unido. “O speaker concordou com o meu pedido de reunir o Parlamento na quinta-feira [interrompendo as férias]. Haverá uma moção clara e uma resposta britânica aos ataques com armas químicas.”
O ataque que despertou esta onda de indignação ocorreu na quarta-feira da semana passada. Kerry disse que os EUA não têm dúvidas de que foi levado a cabo pelas forças do Presidente Bashar al-Assad.
Há uma equipa de inspectores da ONU no terreno para investigar três de 13 ataques em que se suspeita que foram usadas armas químicas, anteriores ao da semana passada. Os inspectores têm a missão de recolher provas e identificar as armas usadas e não de determinar qual dos lados em confronto utilizou as armas. Rebeldes acusam o regime, e o regime acusa os rebeldes.
Enquanto isso, a oposição também terá recebido uma instrução clara: devem preparar-se para negociações de paz em Genebra, logo a seguir à intervenção militar.
Com a Rússia e a China a oporem-se fortemente a uma acção militar na Síria, não há hipótese de acção com um mandato do Conselho de Segurança da ONU.
Uma declaração da Liga Árabe veio, por outro lado, responsabilizar o regime de Assad pelo ataque com armas químicas, ajudando ao argumento ocidental de que foi cruzada uma linha vermelha.
O ministro sírio dos Negócios Estrangeiros, Walid Muallem, negou que o regime tivesse estado por trás do ataque da semana passada e disse que ataques norte-americanos ajudariam a Al-Qaeda.
O ataque da semana passada terá deixado centenas de civis mortos num subúrbio de Damasco e ficou gravado em imagens de cadáveres de crianças envoltos em lençóis brancos.

Estudantes do MIT criam sistema de choques para evitar o Facebook

A ideia surgiu porque os dois investigadores descobriram que, juntos, desperdiçavam mais de 50 horas por semana no Facebook quando tinham as respectivas teses de doutoramento para escrever.
Imagem de um vídeo que mostra o funcionamento do Pavlov Poke ROBERT R. MORRIS E DAN MCDUFF
O problema é conhecido de muitos dos que trabalham em frente a um computador: as visitas mais do que frequentes ao Facebook, ao Twitter ou ao email podem ter efeitos devastadores na produtividade. Preocupados com o número de vezes que iam ao Facebook, dois investigadores do MIT criaram um sistema que dá pequenos choques quando o utilizador visita muitas vezes aquela rede social.
Apropriadamente chamado Pavlov Poke, o sistema pode ser adaptado a outros sites para além do Facebook e está sucintamente descrito nesta página. Essencialmente, uma aplicação detecta quando o utilizador visita repetidamente um site e activa um circuito que dá um pequeno choque na mão do utilizador, através de placas metálicas colocadas numa peça de apoio ao teclado do computador.
“O choque não é perigoso (achamos nós), mas é definitivamente mau o suficiente para chamar a atenção”, escreveu Robert Morris, um dos estudantes. “Funcionou? Não temos a certeza. Para ser verdadeiramente eficaz, provavelmente são precisas muitas exposições aos choques. Infelizmente, achámos que os choques eram tão aversivos que removemos o dispositivo pouco depois de o termos instalado”.
A dupla inventou também uma alternativa menos dolorosa, recorrendo a um site da Amazon chamado Mechanical Turk, onde é possível colocar vários tipos de tarefas que podem ser escolhidas e feitas por outras pessoas mediante um pagamento.
Neste caso, em vez do choque, quando o Facebook era usado demasiadas vezes, o sistema colocava automaticamente uma tarefa no Mechanical Turk para que alguém ligasse para o telemóvel do utilizador a gritar por este estar na rede social.
"É claro que isto é suposto ser uma piada", nota Morris num vídeo em que exibem o funcionamento do dispositivo.
A ideia surgiu porque os dois investigadores descobriram que, juntos, desperdiçavam mais de 50 horas por semana no Facebook quando tinham as respectivas teses de doutoramento para escrever. A página não especifica quanto tempo gastaram a desenvolver o Pavlov Poke.


Terça-feira, 27/8/2013 

 Segredo Descoberto 

Comentário por Sandra Zafalan Pescuma 
A infância do meu marido foi sem dúvida maravilhosa! Ele, juntamente com seus pais e mais três irmãos, moravam em um bairro muito tranqüilo em São Paulo.

Era um tempo em que descer uma ladeira com carrinho de rolimã ou uma bicicleta sem freio era a maior aventura. Empinar pipa, disputar campeonato de bolinha de gude, brincar de pega-pega, tomar banho de chuva, jogar futebol, rodar peão, eram algumas brincadeiras que fazia o tempo passar lentamente. A televisão não fazia parte da rotina porque cada minuto era precioso diante de tantas atividades.

Por ser um local pouco habitado, havia uma mata enorme perto da casa e os meninos construíram uma casinha na árvore, bem no alto, onde as meninas não poderiam subir. Lá eles se reuniam para contarem seus segredos, traçarem seus planos e apreciarem do alto toda beleza daquele lugar. Muitas vezes passavam o dia na mata, caçavam passarinho com estilingue, assavam e comiam. Viviam livres, sem medo de qualquer situação, tudo era sempre uma grande festa.

Próximo a mata havia um lago enorme e os meninos viviam ansiosos para darem aquele mergulho! Mas, minha sogra sempre proibia. Tinha medo que algum deles se afogasse.

Vocês conhecem a palavrinha “desobediência”? Pois é, foi com ela mesma que eles selaram um acordo e numa tarde muito ensolarada e convidativa eles foram nadar naquelas águas tão limpinhas. Eles já haviam planejado tudo, tirariam as roupas para não molhar e se secariam ao sol antes de voltar para casa e a mãe NUNCA desconfiaria do brilhante plano.

Ledo engano, assim que chegaram em casa minha sogra perguntou: “Onde vocês estavam? E a resposta foi: “Brincando na mata”. Sem esperar qualquer outra resposta ela corrigiu meu marido e meu cunhado com uma varinha. Eles não entenderam nada, afinal a mãe não sabia que eles tinha ido nadar, ninguém tinha visto eles no lago.
Esta situação se repetiu por muitas outras vezes. Sempre que iam nadar, chegando em casa já sabiam o que os esperava. E só depois de adulto meu marido descobriu porque era corrigido sempre que ia nadar.

Realmente nunca ninguém contou para minha sogra a verdade. Ela descobriu o segredo desde o primeiro dia porque apesar de estarem com os cabelos e as roupas secas, seus olhos estavam vermelhos denunciando o longo tempo que ficaram na água.

Muitas vezes agimos assim com Deus também. Fazemos tantas coisas erradas e tão repetidamente, que acreditamos estarmos certos. Deus também vê nossos segredos. Ele nos dá todos os dias oportunidade de revelarmos a Ele tudo o que sentimos e o que somos. E se for preciso, Ele nos corrigirá, unicamente para não morrermos afogados nos nossos erros. 
Pense: ‘’A maior distância do mundo é aquela entre a mente e o coração, a não ser que uma ponte seja lançada entre os dois pelo Espírito Santo.” Claudine Boutros
Decisão: Que tal entrar no seu quarto e em silêncio revelar a Deus todos os seus segredos? Mesmo já conhecendo todos eles, Deus se agrada que nós O procuremos para Lhe confidenciar todos os detalhes.