sexta-feira, 25 de setembro de 2015

VULCÃO GORELY

Gorely Vulcan Viagens e Lazer na península de Kamchatka 

na RússiaPhoto by Tatiana Petrova



quarta-feira, 16 de setembro de 2015

METRÓPOLES INSUSTENTÁVEIS


Que torna nossas metrópoles insustentáveis

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

HOMENAGEM AO MENINO SÍRIO MORTO EM PRAIA-

Ilustrações na internet homenageiam menino sírio morto em praia

Imagem de Aylan Kurdi, de 3 anos, virou símbolo da crise migratória.
Desenhos mostram garoto com asas de anjo e dormindo em quarto.


Ilustrações divulgadas nas redes sociais homenageiam Aylan Kurdi, o menino sírio de três anos que morreu afogado na quarta-feira (2) em Bodrum, na Turquia.
fotografia que mostra o corpo de Aylan na praia, sendo resgatado por um policial, tornou-se um símbolo da crise migratória na Europa.
Além do menino, um de seus irmãos e sua mãe também morreram no naufrágio. O pai dele sobreviveu e falou sobre a tragédia nesta quinta-feira (3). A fotógrafa que captou as imagenstambém deu um depoimento.
Os desenhos, compartilhados no Twitter e no Facebook, mostram Aylan com asas de anjo ou dormindo em um quarto. Alguns posts foram acompanhados da hashtag #KiyiyaVuranInsanlik (humanidade levada com as águas). Veja alguns deles a seguir.
Ilustração homenageia Aylan Kurdi, menino sírio que morreu em praia na Turquia (Foto: Reprodução/Twitter)
Ilustração homenageia Aylan Kurdi, menino sírio que morreu em praia na Turquia (Foto: Reprodução/Twitter)
Ilustração homenageia Aylan Kurdi, menino sírio que morreu em praia na Turquia (Foto: Reprodução/Twitter)
Ilustração homenageia Aylan Kurdi, menino sírio que morreu em praia na Turquia (Foto: Reprodução/Twitter)
Ilustração homenageia Aylan Kurdi, menino sírio que morreu em praia na Turquia (Foto: Reprodução/Twitter)
Ilustração homenageia Aylan Kurdi, menino sírio que morreu em praia na Turquia (Foto: Reprodução/Facebook)

Guerra na SÍRIA

Conflito na Síria completa 4 anos com balanço humanitário dramático

Número de mortos passa de 215 mil; 7 milhões abandonaram suas casas.
Guerra civil teve início após repressão às manifestações de março de 2011.


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A guerra na Síria completou neste domingo (15) quatro anos e sem uma perspectiva de fim, com um balanço humanitário dramático, um regime cada vez mais apegado ao poder e uma comunidade internacional preocupada, especialmente, com as atrocidades do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
As organizações internacionais condenaram durante a semana o fracasso dos governos de todo o mundo para encontrar uma solução à guerra, que segundo a ONU Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) provocou mais de 215.000 mortes, em uma estimativa conservadora.
Além disso, a batalha forçou metade da população síria a abandonar suas casas.
A imagem das manifestações pacíficas iniciadas em 15 de março de 2011 desapareceu há muito tempo.
A revolta popular contra o regime ganhou um caráter militar ante a repressão do governo até virar uma guerra civil complexa, na qual se enfrentam tropas leais ao regime, vários grupos rebeldes, forças curdas e organizações jihadistas.
A diplomacia está bloqueada, após duas séries de negociações em vão entre o regime e a oposição. Dois enviados especiais jogaram a toalha e um terceiro tentou obter a aplicação, sem sucesso, de uma suspensão dos combates em Aleppo.
Neste domingo, pelo menos 26 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas em ataques aéreos do regime sírio perto de Damasco.
Os ataques aconteceram na cidade de Duma, ao nordeste da capital.
O OSDH afirmou que os aviões do governo executaram quatro ataques em Duma e que entre os feridos estão mulheres e crianças. A ONU advertiu que o balanço de mortos pode aumentar porque há feridos em estado grave.
Duma fica em Guta Oriental, reduto opositor e alvo de grandes ataques aéreos do governo há vários meses, enquanto os rebeldes disparam mísseis a partir desta cidade contra Damasco.
Mudança perigosa
A incapacidade da comunidade internacional para acabar com a violência alimenta o sentimento de amargura e abandono dos sírios, que enfrentam, segundo a ONU, "a situação mais importante de emergência humanitária de nossa era".
Cidade de Aleppo depois do ataque, totalmente destruída

veja a localização da Síria 
Quase quatro milhões de pessoas fugiram da Síria, incluindo um milhão que buscara refúgio no vizinho Líbano.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) advertiu para a "mudança perigosa" na crise, já que dois milhões de sírios com menos de 18 anos podem virar uma "geração perdida".
No país, mais de sete milhões de sírios abandonaram suas casas e quase 60% da população vive na pobreza.
Os combates destruíram as infraestruturas e, com isto, provocaram uma grande escassez de energia elétrica, água e alimentos, especialmente nas zonas cercadas pelo exército.
As organizações de defesa dos direitos humanos investigaram as atrocidades cometidas pelo regime sírio de Bashar al-Assad.
Mais de 13 mil sírios morreram torturados nas prisões desde o início da revolta popular e outras dezenas de milhares continuam nas penitenciárias do governo, embora muitos deles sejam citados como desaparecidos.
O OSDH anunciou neste domingo um balanço devastador do conflito.
"Contabilizamos 215.518 mortos em quatro anos de guerra, incluindo 66.109 civis", afirmou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH, que dispõe de uma ampla rede de fontes na Síria.
Sírios e turcos protestam contra o regime de Bashar al-Assad em Istambul, no domingo (15) (Foto: AFP Photo/Ozan Kose)
Sírios e turcos protestam contra o regime de Bashar al-Assad em Istambul, no domingo (15) (Foto: AFP Photo/Ozan Kose)

Entre as vítimas civis, 10.808 eram crianças.
Mais de 5 mil pessoas morreram no país desde fevereiro, segundo Rahman.
O balanço, destacou Abdel Rahman, "é certamente superior aos 215 mil mortos contabilizados, pelo grande número de desaparecidos com paradeiro ignorado".
Ele também disse que é necessário acrescentar as 20 mil pessoas que estão nas prisões do regime e são consideradas desaparecidas.

Também são ignorados os destinos de milhares de civis e combatentes que foram sequestrados.
"O número supera 215 mil mortos, enquanto a comunidade internacional permanece em silêncio e nenhum tribunal internacional pune estes crimes", denuncia Rami Abdel Rahman.
"A impunidade estimula o assassino a continuar com seus crimes", completou.
"O povo sírio se levantou em março de 2011 para conquistar um Estado de direito e a liberdade, e não para passar da opressão da ditadura à opressão do grupo Estado Islâmico", concluiu.   

Assad apegado ao poder
Apesar da indignação internacional com o número de vítimas e o suposto uso de armas químicas pelo regime em meados de 2013, Bashar al-Assad continua fixado ao poder, ainda mais quando suas forças consolidam a presença na periferia de Damasco e Aleppo em detrimento da rebelião.
Diante dos rebeldes, o exército destaca sua superioridade militar, reforçada com combatentes estrangeiros, como os do Hezbollah libanês. Apesar das provas apresentadas por ONGs, Assad nega o uso de barris de explosivos.

Os países ocidentais, que exigiam a saída de Assad em 2011, se tornaram menos veementes após o surgimento do grupo Estado Islâmico, considerado atualmente a organização terrorista mais perigosa e melhor financiada do mundo. O secretário de Estado americano, John Kerry, destacou recentemente que a prioridade de Washington é vencer os jihadistas.
O presidente da Síria, Bashar al-Assad, em foto divulgada nesta segunda-feira (28) pelo governo do país (Foto: AFP)
O presidente da Síria, Bashar al-Assad, em foto divulgada em abril de 2014 pelo governo do país (Foto: AFP)
Mas neste domingo Kerry admitiu que o governo dos Estados Unidos terá que negociar com o presidente da Síria, Bashar al-Assad, para acabar com a guerra civil neste país.
"Ao final teremos que negociar. Sempre estivemos dispostos a negociar dentro do processo (de paz) de Genebra I", disse Kerry em uma entrevista exibida pelo canal CBS.
Ele destacou que Washington trabalha sem descanso para reativar os esforços para encontrar uma solução política para acabar com a guerra.
O governo americano liderou os esforços internacionais para iniciar os diálogos de paz entre Assad e uma fragmentada oposição síria, aproximando as partes pela primeira vez em uma reunião em Genebra no ano passado.
Mas após duas séries de debates, as negociações afundaram sem a programação de novos encontros, enquanto aumenta o número de mortes no conflito.
"Assad não queria negociar", disse Kerry à CBS.
"Mas se estiver preparado para iniciar uma negociação séria sobre a implementação de Genebra I, com certeza (...) e o que estamos tentando obter é que venha e faça isto", respondeu ao ser questionado se negociaria com Assad.
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Poucas esperanças de paz
Desde meados de 2014, Washington lidera uma coalizão internacional contra o EI no Iraque e na Síria, onde os jihadistas proclamaram um califado nos territórios sob seu controle.
Os bombardeios aéreos permitiram às forças curdas expulsar os jihadistas de algumas áreas ao norte da Síria, mas o EI mantém sua força, como demonstram os vídeos divulgados de decapitações de civis, jornalistas e voluntários.
O grupo extremista sunita atrai milhares de combatentes estrangeiros, incluindo muitos ocidentais, o que aumenta o temor de possíveis ataques jihadistas após o retorno a seus países de origem.

As esperanças de paz na Síria são cada vez menores, mas uma nova rodada de negociações, com resultado incerto, está prevista para abril, em Moscou, entre enviados de Damasco e uma delegação da oposição.
VEJA EM IMAGENS ALGUNS DESSES PASSOS DOS CONFLITOS:
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Cerca de 4,5 milhões de pessoas foram deslocadas dentro da própria Síria.
2,4 milhões abandonaram suas casas e se refugiaram em países vizinhos onde são frequentemente alvo de racismo e discriminação.
Relatório divulgado em 10 de março de 2014 pela Unicef estima que 5,5 milhões de crianças tiveram suas vidas devastadas pela guerra.
Cerca de 1 milhão estão presas em áreas sitiadas ou onde a ajuda humanitária não consegue chegar.
1,2 milhão vivem refugiadas, habitando locais insalubres, onde comida, água potável e acesso à educação são limitados.
De acordo com o mesmo relatório, o número de refugiados sírios em países como Líbano, Jordânia, Turquia, Iraque e Egito deve alcançar no fim de 2014 a marca de 4,1 milhões de pessoas. Outras 9,3 milhões precisarão de ajuda até o fim de 2015.





sexta-feira, 11 de setembro de 2015

o poder do homem

"Deus criou o homem, e o homem criou os muros
Cercou as casas e as varandas pelos 4 cantos do mundo
Cercou o tempo, o passado o presente, o futuro
Cercou o espaço, os sonhos as mentes e os pássaros
Cercou a árvore que nos dá o fruto
A sombra e a penumbra
Cercou as matas, arou a terra
Plantou o trigo e cercou o pão
Foi preciso cercar outro homem."
Resultado de imagem para o homem cercando um pedaço de terra

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

questões indígenas com o governo federeal

'Vamos permanecer, nem que queiram matar todos', diz líder indígena no MS

3 setembro 2015
Índios do MS e do RS realizaram protestos em Brasília por demarcação de suas terras em agosto
Depois de dez anos de impasse sobre a demarcação de terras indígenas na fronteira entre Brasil e Paraguai, no Mato Grosso do Sul, a tensão voltou a se elevar na região e resultou no assassinato de um índio no sábado.
O governo federal deslocou tropas do Exército para a área de conflito nesta terça-feira, mas o clima permanece tenso na região do município de Antônio João, onde cerca de mil índios ainda ocupam fazendas para pressionar pela conclusão da demarcação de terras que argumentam serem território indígena.
"Sim, nós vamos permanecer, nem que eles queiram matar todos nós aqui. Daqui a gente não sai", disse à BBC Brasil uma das lideranças indígenas, Inayê Gomes Lopes.
No sábado, fazendeiros armados expulsaram os ocupantes de duas fazendas (Fronteira e Barra), após conflitos violentos, segundo relatos de indígenas e do deputado federal Henrique Mandetta (DEM-MS), que presenciou a ação. Na ocasião, o índio Semião Fernandes Vilhalva foi encontrado morto, baleado, em um córrego dentro da fazenda Fronteira, uma das em que houve conflito.
Roseli Ruiz, proprietária da fazenda Barra, negou que seu grupo estivesse armado quando retomou a posse da propriedade e disse que os índios estavam destruindo sua casa.
"Eu pergunto para todo cidadão brasileiro: se entrar na sua casa, você vai ficar dando chazinho para a pessoa? Ela entra na sua casa, vai na sua cama, destrói tudo e você vai falar 'ô, meu Deus, vou chamar o direitos humanos'", questionou.
Segundo Mandetta, que presenciou o conflito na fazenda Barra, os índios não haviam causado danos à propriedade. Ele contou que estava em uma reunião com os produtores rurais, junto com o senador Waldemir Moka (PMDB) e a deputada Tereza Cristina (PSB), para discutir a situação quando Ruiz fez um relato emocionado e convocou todos a irem até a fazenda. De acordo com o deputado, as pessoas saíram em cerca de 60 caminhonetes, portando várias armas. Disse também ter visto um índio com uma espécie de espingarda.
"Estabeleci uma tentativa de diálogo de 40 minutos, num espaço muito tenso. Mas chegou uma hora que eles decidiram entrar com as caminhonetes. Aí foi uma batalha campal que durou de cinco a dez minutos. Teve tiro, pau, pedra. Os proprietários entraram na casa e os índios saíram", relatou.
"Uma situação de total ausência do Estado", resumiu.

'Saco cheio do Ministério da Justiça'

O Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esteve nesta quarta-feira na capital Campo Grande, conversando com lideranças dos dois lados. Ele anunciou a criação de um grupo de mediação que discutirá a possibilidade de indenizar os fazendeiros para que seja concluída o processo de demarcação.
Cardozo afirmou ainda que as Forças Armadas permanecerão no local o tempo necessário para manter a ordem e que não serão toleradas ações violentas de nenhum dos lados - "seja na perspectiva de retomada de terras pelas lideranças indígenas, seja na perspectiva de ações de reintegração de áreas que estão ocupadas". A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar a morte de Vilhalva.
Os índios haviam ocupado as fazendas no dia 21 de agosto, expulsando seus moradores.
"Nós já estamos de saco cheio do Ministério da Justiça, desse povo que só mentiu para nós até hoje. Nós não vamos dar um passo para trás. Chega, tolerância zero", disse à BBC Brasil Roseli Maria Ruiz, proprietária da fazenda Barra e presidente do sindicato rural local.
A área reivindicada pelos índios, de 9.300 hectares, foi demarcada e homologada pelo governo federal como Terra Indígena Ñande Ru Marangatu em 2005, no governo Lula. No entanto, os fazendeiros recorreram da decisão ao Supremo Tribunal Federal e conseguiram uma decisão liminar do ministro Nelson Jobim suspendendo a demarcação.
Atualmente, uma população de cerca de 1.300 guaranis kaiowá vive precariamente em cerca de 100 hectares, de acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
Com a aposentadoria de Jobim, a ação mudou de relator duas vezes e está desde 2010 nas mãos do ministro Gilmar Mendes. O caso nunca foi levado a plenário.
De acordo com o Cimi, 15 lideranças indígenas foram assassinadas nos últimos dez anos no Estado do Mato Grosso do Sul em decorrência dos conflitos agrários e apenas um caso gerou um processo judicial
Na ação, os fazendeiros questionam a legalidade da demarcação, argumentando que não é o governo federal que deveria realizá-la, mas o Congresso Nacional.
Questionam também o parecer da Funai (Fundação Nacional do Índio) que classificou a região como área tradicional indígena, argumentando que as terras foram adquiridas ao longo de 142 anos. Já os indígenas argumentam que seus antepassados foram expulsos de suas terras quando da chegada dos fazendeiros.
Atualmente, tramita no Congresso uma proposta de emenda constitucional que tenta passar a prerrogativa de demarcar terras indígenas das mãos do Executivo para o Legislativo.
A chamada PEC 215 tem apoio dos parlamentares ruralistas e sofre resistência dos povos indígenas e de ambientalistas. A expectativa é que ela seja aprovada na Câmara, mas não passe no Senado.

'Tem que morrer para indenizar'

Um dos entraves para a resolução dos conflitos é a questão das indenizações, nota o deputado Madetta. A Constituição Federal prevê que, ao demarcar um território que é considerado tradicionalmente indígena, o Estado só precisa indenizar os fazendeiros pelas benfeitorias construídas, mas não pelo valor das terras.
Segundo Mandetta, o governo resiste a aceitar o pagamento das indenizações por temer que outros fazendeiros que já deixaram suas terras antes recorram à Justiça para serem compensados.
Outra proposta que tramita no Congresso, a PEC 71, busca alterar a Constituição para permitir o pagamento de indenizações para demarcações realizadas a partir de outubro de 2013. Seu texto foi aprovado ontem na Comissão de Constituição e Justiça e já pode ser levado ao plenário.
O texto prevê o pagamento das indenizações em dinheiro, o que, segundo Márcio Santilli, sócio fundador do Instituto Sócio Ambiental, pode ser um entrave para a liberação dos recursos, devido às restrições orçamentárias. Ele defende que as indenizações sejam pagas com títulos de dívida agrária, os mesmos usados nas desapropriações para reforma agrária.
"A gente teme um pouco essa lógica: tem que morrer gente para indenizar. Se não morrer gente, será que o governo vai liberar a grana? Não vemos um fluxo de indenização em dinheiro, vemos um fluxo melhor nas indenizações com títulos. A gente teme que esse seja um fator adverso nessas situações de conflito", afirma Santilli, que presidiu a Funai no governo Fernando Henrique Cardoso.
Ele crítica a lentidão do Estado em resolver a questão e argumenta que, no caso de terras que não foram griladas, ou seja, em que os fazendeiros possuem títulos de posse concedidos pela própria União, o governo teria poder de indenizar mesmo sem uma alteração da Constituição.
"A União fez e depois quer desfazer: pode ser paga uma indenização moral, por exemplo, no valor das terras. Ou ser feita uma desapropriação por interesse social", exemplificou.
Em Campo Grande, Cardozo indicou que o governo está disposto a negociar: "Qualquer indenização que por ventura for paga terá que ser feita nos termos da lei e dentro das condições orçamentárias que temos. Mas não estamos fechados a discutir caso a caso a situação que possa permitir a pacificação dos conflitos", disse.
De acordo com o Cimi, 15 lideranças indígenas foram assassinadas nos últimos dez anos no Estado do Mato Grosso do Sul em decorrência dos conflitos agrários e apenas um caso gerou um processo judicial, o assassinato do cacique Nísio Gomes, em 2011.
"A impunidade alimenta novas mortes", afirma Flávio Machado, coordenador do Cimi na região.